O jornalismo investigativo é mais fácil de compreender do que imagina! Quer ver? Aposto que quando você era criança, já brincou de ser detetive e investigar pistas em busca de informação.  Essa brincadeira consistia em desvendar algum crime ou qualquer outro mistério que estava oculto, por meio de conversas com testemunhas e apuração de dados.

Pois essa brincadeira reflete uma atividade real do cotidiano do jornalista: investigar! Mas afinal, no que consiste o jornalismo investigativo? Falamos sobre isso neste artigo, então leia até o final para entender!

Investigação é apurar e lapidar informações

Antes de mais nada é necessário entender que a investigação se trata do processo de busca e apuração. No caso da brincadeira de detetive (e não só nas brincadeiras, como o trabalho desse profissional), investigar um crime, por exemplo, consiste em analisar profundamente todas as informações das vítimas, dos supostos criminosos e das ações realizadas antes e depois do crime.

Para encontrar a verdade é necessário ouvir testemunhas, cruzar dados e, aí sim, chegar à verdade do fato. Por isso dizemos que o trabalho do jornalista é investigar, já que noticiar qualquer acontecido também necessita desse processo de apuração.

Todo jornalista é investigativo?

Existe um conceito no imaginário popular de que “jornalismo investigativo” é uma área dentro do jornalismo especializada em investigar notícias. Isso prova que as pessoas não sabem o verdadeiro significado desse termo, já que na realidade todo jornalista precisa investigar e apurar os fatos para produzir qualquer notícia, em qualquer setor dentro da atividade jornalística.

O jornalista Gabriel García Márquez, durante seu discurso na Sociedad Interamericana de Prensa (SIP), em 1996, que ficou bastante famoso, falou sobre o tal “jornalismo investigativo”:

 “Toda a formação deve se sustentar em três vigas mestras: a prioridade das aptidões e das vocações, a certeza de que a investigação não é uma especialidade dentro da profissão, mas que todo jornalismo deve ser investigativo por definição, e a consciência de que a ética não é uma condição ocasional, e sim que deve acompanhar sempre o jornalismo, como o zumbido acompanha o besouro”.

Suas palavras reforçam o conceito de investigação dentro do jornalismo, já que ele deixa claro que o profissional da área precisa ser investigativo, independente do setor de atuação.

Já falamos aqui sobre o senso crítico do jornalista como sendo um “trunfo” para estratégias de comunicação, e estendendo para estratégias até mesmo de publicação e abordagem de uma notícia. O ponto é que o profissional só pode adquirir um senso crítico a partir do momento que ele investiga, apura e tem em mãos todos os lados de um mesmo fato.

É só a partir da busca pela verdade, por meio de investigações profundas, que o jornalista exerce seu papel de informar. Por isso, todo jornalismo pode ser considerado investigativo, afinal, independente da notícia ser sobre política, economia ou esporte, sempre vai haver a necessidade de buscar informações por meio de conversa com testemunhas, e casamento de dados.

E depois desse texto, comente com a gente se você sabia que todo jornalismo era investigativo![/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]